Somos mulheres: sentimos as ondas hormonais que passamos durante nossos períodos. O ápice da fertilidade, o acolhimento da menstruação. E na gestação o corpo a se transformar em cada fase. O parto que traz a dor prazerosa, a ardência apaixonante. Ser mulher, feminina e lunar.
Está na hora de abraçar novamente esta força que faz o mundo mais colorido, de reconstruir o novo feminino, sem as armadilhas do feminismo. Chegou a pílula, a falsa liberdade sexual. A menstruação passou a ser um empecilho para os objetivos. O corpo foi privado de seu pleno funcionamento. Sem conhecer seu corpo, a mulher valorizou o homem que é capaz de lhe dar prazer sem saber que o prazer é reflexivo: você mesma tem a capacidade de senti-lo. A mulher deixou de ver-se como parte da natureza, sendo ela mesma a deusa. Abraçou um Deus patriarcal que a oprime.
Quantas vezes não nos sentimos perdidas, com nossos corpos e nossa função no mundo? Nasceu a síndrome do pânico. A alma que chora. A mulher desacreditou em si. O “doutô” faz seu parto sem dor. Ela nasce confusa como mãe. Amamenta por pouco tempo, quando amamenta, para que os filhos aprendam a ser desde cedo auto-suficientes. Os bebês se consolam sozinhos, na enorme cama escura. As mulheres comemoram os filhos, que desde de cedo dormem sem colo, comem sozinhos, andam tão rápido. Talvez para fugir? Quem sabe?
De nós foi tirado o direito de parir da maneira mais orgânica: de cócoras. Foi lá no iluminismo francês quando a Rainha Vitória foi deitada para que o rei assistisse a seu parto. Logo depois as mulheres começaram a precisar de anestésicos e os irmãos de sobrenome fórceps fizeram história com seu aparelho de extrair bebês.
Deitamos com as entranhas limpas, os pelos raspados para que um homem fizesse nosso parto de maneira mais higiênica e visível. Para facilitar a saída do bebê fomos mutiladas em nosso órgão mais sensível. Perdemos a conexão com a Terra, com sua gravidade e a força dos nossos pés plantados no chão. Desconectamos com Deus quando nossas cabeças se deitaram em uma postura de passividade. Historicamente perdemos o sagrado direiro de parir.
E as feministas nas ruas na década de 60, pregaram a nossa liberdade sexual e direitos iguais que nos fizeram iguais aos homens em seus defeitos. Fomos para o mercado de trabalho e com a pílula perdemos a conexão com nossos ciclos naturais e toda a intuição que nos dava poderes especiais. Nossos filhos foram para escolas e começamos a padecer do mal da TPM, da menopausa precoce, da vida desconectada da grande mãe Gaia.
Nós mulheres, as grandes responsáveis pela mudança de cultura, ensinamos nossos filhos a serem precocemente independentes. Não fomos abraçados pelas entranhas de nossas mães, não vencemos nossa primeira batalha e fomos separados do colo materno em nosso primeiro choro solitário e frio, calado às vezes por um bico artificial.
Nosso peito e presença foram trocados por similares de borracha e silicone, gerando mais lixo para nossa mãe Terra. O perfeito alimento de nossas mamas, abandonado por um pó artificial de outro animal, enriquecido com mil vitaminas e desprovido de amor.
Os panos que prendíamos nossos filhos junto do corpo trocados por carrinhos que viram o olhar da criança para longe de suas mães, o universo mais lindo que precisam olhar. E as histórias contadas por aquela melodiosa voz conhecida trocada por um aparelho que coloca imagens prontas e histórias com vozes esganiçadas e frenéticas. Trocamos nossas presenças por presentes.
Aquela deliciosa comida substituída por papas processadas e esquentadas em um aparelho que gera ondas altamente maléficas. Nossos filhos não conhecem vacas, galinhas, macacos, que não sejam em zoológico ou documentários e poucos sabem os nomes das frutas naturais e que não nascem em caixinhas.
O que proponho hoje é resgatar este feminismo oprimido, a consciência de nossa responsabilidade enquanto mães de estar presentes, de participar da educação e oferecer um desenvolvimento mais natural e harmônico. Resgatamos a união com Terra e Céus na hora do parto, a ecologia da dança sagrada dos hormônios sem intervir com forças externas, de permitir que nossos filhos não fiquem com a lacuna do não acalanto de seu primeiro choro e não sofram as terríveis invasões de seus corpos pequenos e indefesos.
Somos loucas questionadoras em um mundo de gente que segue a corrente mecanicista. Resgatamos nosso adjetivo mais belo: mamíferas!
Somos bruxas, malucas que parimos em casa e dizem que fazemos ritual para comer placenta. Somos lindas com nossos corpos e peitos, sempre amostra. Fazemos a verdadeira revolução feminista. Plantamos a cooperação e o amor. Lá para frente, talvez em outra dimensão ou lugar, poderemos ver surgir os frutos da paz.
A estas mulheres, que se lembrem que hoje é o dia de lembrar que todo dia é nosso.
Por Kalu Brum do Blog Poesias Bailantes
Está na hora de abraçar novamente esta força que faz o mundo mais colorido, de reconstruir o novo feminino, sem as armadilhas do feminismo. Chegou a pílula, a falsa liberdade sexual. A menstruação passou a ser um empecilho para os objetivos. O corpo foi privado de seu pleno funcionamento. Sem conhecer seu corpo, a mulher valorizou o homem que é capaz de lhe dar prazer sem saber que o prazer é reflexivo: você mesma tem a capacidade de senti-lo. A mulher deixou de ver-se como parte da natureza, sendo ela mesma a deusa. Abraçou um Deus patriarcal que a oprime.
Quantas vezes não nos sentimos perdidas, com nossos corpos e nossa função no mundo? Nasceu a síndrome do pânico. A alma que chora. A mulher desacreditou em si. O “doutô” faz seu parto sem dor. Ela nasce confusa como mãe. Amamenta por pouco tempo, quando amamenta, para que os filhos aprendam a ser desde cedo auto-suficientes. Os bebês se consolam sozinhos, na enorme cama escura. As mulheres comemoram os filhos, que desde de cedo dormem sem colo, comem sozinhos, andam tão rápido. Talvez para fugir? Quem sabe?
De nós foi tirado o direito de parir da maneira mais orgânica: de cócoras. Foi lá no iluminismo francês quando a Rainha Vitória foi deitada para que o rei assistisse a seu parto. Logo depois as mulheres começaram a precisar de anestésicos e os irmãos de sobrenome fórceps fizeram história com seu aparelho de extrair bebês.
Deitamos com as entranhas limpas, os pelos raspados para que um homem fizesse nosso parto de maneira mais higiênica e visível. Para facilitar a saída do bebê fomos mutiladas em nosso órgão mais sensível. Perdemos a conexão com a Terra, com sua gravidade e a força dos nossos pés plantados no chão. Desconectamos com Deus quando nossas cabeças se deitaram em uma postura de passividade. Historicamente perdemos o sagrado direiro de parir.
E as feministas nas ruas na década de 60, pregaram a nossa liberdade sexual e direitos iguais que nos fizeram iguais aos homens em seus defeitos. Fomos para o mercado de trabalho e com a pílula perdemos a conexão com nossos ciclos naturais e toda a intuição que nos dava poderes especiais. Nossos filhos foram para escolas e começamos a padecer do mal da TPM, da menopausa precoce, da vida desconectada da grande mãe Gaia.
Nós mulheres, as grandes responsáveis pela mudança de cultura, ensinamos nossos filhos a serem precocemente independentes. Não fomos abraçados pelas entranhas de nossas mães, não vencemos nossa primeira batalha e fomos separados do colo materno em nosso primeiro choro solitário e frio, calado às vezes por um bico artificial.
Nosso peito e presença foram trocados por similares de borracha e silicone, gerando mais lixo para nossa mãe Terra. O perfeito alimento de nossas mamas, abandonado por um pó artificial de outro animal, enriquecido com mil vitaminas e desprovido de amor.
Os panos que prendíamos nossos filhos junto do corpo trocados por carrinhos que viram o olhar da criança para longe de suas mães, o universo mais lindo que precisam olhar. E as histórias contadas por aquela melodiosa voz conhecida trocada por um aparelho que coloca imagens prontas e histórias com vozes esganiçadas e frenéticas. Trocamos nossas presenças por presentes.
Aquela deliciosa comida substituída por papas processadas e esquentadas em um aparelho que gera ondas altamente maléficas. Nossos filhos não conhecem vacas, galinhas, macacos, que não sejam em zoológico ou documentários e poucos sabem os nomes das frutas naturais e que não nascem em caixinhas.
O que proponho hoje é resgatar este feminismo oprimido, a consciência de nossa responsabilidade enquanto mães de estar presentes, de participar da educação e oferecer um desenvolvimento mais natural e harmônico. Resgatamos a união com Terra e Céus na hora do parto, a ecologia da dança sagrada dos hormônios sem intervir com forças externas, de permitir que nossos filhos não fiquem com a lacuna do não acalanto de seu primeiro choro e não sofram as terríveis invasões de seus corpos pequenos e indefesos.
Somos loucas questionadoras em um mundo de gente que segue a corrente mecanicista. Resgatamos nosso adjetivo mais belo: mamíferas!
Somos bruxas, malucas que parimos em casa e dizem que fazemos ritual para comer placenta. Somos lindas com nossos corpos e peitos, sempre amostra. Fazemos a verdadeira revolução feminista. Plantamos a cooperação e o amor. Lá para frente, talvez em outra dimensão ou lugar, poderemos ver surgir os frutos da paz.
A estas mulheres, que se lembrem que hoje é o dia de lembrar que todo dia é nosso.
Por Kalu Brum do Blog Poesias Bailantes
Mais que perfeito Kalu!
ResponderExcluirComo disseste em outro artigo recente no Mamiferas:
(...) Somos visionários que enxergamos o nascimento como ATO REVOLUCIONÁRIO e libertário, que se opõe ao sexismo do patriarcado abrahâmico castrador, e que oferece uma nova visão para o porvir da humanidade, onde os nascidos de mulher serão acolhidos com amor. (...)
Obrigada por permitir a publicação!
D++++
ResponderExcluirParabéns para nós!!!
Bjimmmmm