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Entrevista com Ina May Gaskin

Entrevista com Ina May Gaskin

”Descobrimos que as coisas fluem mais facilmente no parto se a mãe consegue rir. É meio engraçado, sabe, a bolsa d´água se rompe em locais e momentos inconvenientes. A pessoa tem que relaxar um pouco e pensar “ok, parir é assim”. Entenda que não havia TV naquela época, como hoje, em que se pode assistir a um parto a qualquer hora do dia ou da noite, onde geralmente você vê uma peridural ou cesárea, mas você não verá o bebê realmente saindo porque eles embaçam a imagem, não é? É difícil ver a parte mais interessante desculpa, censurado, não podemos dizer, porque o bebê está saindo de um lugar tão socialmente destruído que não se pode ver. Então, mostram uma incisão porque é aceitável ver o corte, o sangue espirrando, as mãos cavoucando para tirar o bebê, mas não podemos ver um bebê nascendo naturalmente. Acredito que, se as pessoas pudessem ver o que nós parteiras vemos o tempo todo, as mulheres não teriam tanto medo, porque na verdade é algo muitas vezes bonito.

Você também pode observar algo que jamais verá nos livros médicos: a expressão no rosto da mulher pode dizer se ela tem ou não uma laceração, vocês já ouviram falar disso? Eu aprendi isso observando os primeiros 50 partos, porque tive o privilégio de estar com pessoas que não ficaram aborrecidas comigo ou sentiram-se invadidas se eu realmente as observasse no momento do parto. E claro que pude fazer isso porque, se a mulher tem um bebê dentro de um ônibus escolar, não importa se no meio do inverno ou num verão muito quente, ela ficará nua, começará a tirar a roupa uma vez que, quando você está parindo, é uma sensação horrível ter tecido encostando na
sua pele, a não ser que você esteja num lugar congelante, o que não era o caso. Então, eu podia ver o que estava acontecendo, podia observar a mulher inteira e aprendi que muito está relacionado com o humor dela e outras coisas que não estão em livro algum.

Por exemplo, houve uma mulher que era uma amiga e que estava tendo seu primeiro filho. Ela foi a minha quadragésima segunda e mais da metade delas era de primíparas, como ela. Então, ela entrou em trabalho de parto e chegou a 8 cm relativamente rápido e pensei “que ótimo, vou ver este bebê nascendo antes da minha viagem à tarde” e depois as coisas passaram a caminhar mais devagar. Nós tínhamos estado rindo, brincando, divertindo-nos, porque quando a mulher está tendo dores, contrações, o que eu chamava “rushes”, já que não gostava muito dessas palavras, uma vez que nem todo o mundo tinha dor ou sensações que elas chamariam de dor. “Eu não tive. Você também não? (perguntando a alguém da produção). Eu gostei!” Então o que você faz? Algumas mulheres dizem “é a pior coisa que já senti na vida” e outras pessoas falam “isso não é ruim, é até excitante”. Tínhamos os dois tipos e também algumas que nem sabiam o queestava acontecendo, nem imaginavam que estavam em trabalho de parto. Neste caso particular, lá estava essa mulher e subitamente o ambiente ficou silencioso e me perguntei se o bebê iria nascer. Perguntei se poderia checar a dilatação novamente e ela concordou, então examinei e ela estava somente com 4 cm! Ela não fez nada que eu tivesse visto que pudesse mudar as coisas, nunca soube que alguém podia “desdilatar” o cérvix, nunca li isso num livro e àquela altura, eu já havia lido muitos livros médicos. Eu disse a ela “sei que seu cérvix pode abrir, porque já abriu. Tenho certeza absoluta de que você estava com 8 cm, mas observei que você não está mais rindo das nossas piadas bobas e é a única diferença que posso notar no seu comportamento. Então por que você não começa a rir de novo para ver se isso vai consertar as coisas?” Ela também tossia e eu já tinha reparado em como era a tosse dela antes e agora, quando ela tossia era bem fraquinha, como se estivesse fazendo um esforço para não ativar algo mais profundo. Aí ela começou a rir novamente e adivinhe: teve o bebê. Aprendi com isso algo muito importante: o trabalho de parto pode regredir em mulheres. Eu meio que sabia que isso poderia acontecer com animais porque lembro da minha tia contando casos.

Aqui, se as crianças queriam ver o nascimento de um potrinho, era a única ocasião em que permitíamos que tomassem refrigerante, porque assim ingeriam cafeína e ficavam acordados a noite toda. Quando iam dormir, a égua dava a luz. É assim, as mamíferas não querem ser observadas, o cérebro não gosta de ser observado quando estamos permitindo que algo grande saia do nosso corpo. É por isso que banheiros públicos costumam oferecer privacidade em cada vaso sanitário.

Então fui para a cama cheia de livros médicos para ver se não os tinha lido cuidadosamente. Fui a uma biblioteca médica para ver se isso havia sido
publicado e não havia nada a respeito. Finalmente, fui falar pessoalmente
com um monte de enfermeiras e parteiras e todas as que tinham alguma
experiência estavam familiares com o fato de que, algumas vezes, examinam a
paciente, anotam no prontuário uma dilatação X e depois quando reexaminam
descobrem que a dilatação diminuiu. Perguntei se elas não escreviam isso e a
resposta foi “os médicos sempre dizem que cometemos um erro, que fizemos o
toque errado da primeira vez”. Os médicos com quem conversei também não
sabiam a respeito disso. Pensei “se isso acontece, por que não está
registrado em livros?

Descobri que os médicos não sabiam disso porque eles não checam a dilatação
com tanta freqüência quanto as enfermeiras e, quando eles viam alguma
anotação neste sentido, deduziam que havia sido uma falha da enfermagem. Assim, claro que não será registrado em livro algum, já que enfermeiras não podem colocar num livro algo que vá contra o que dizem os médicos, porque eles ganham mais. Entenderam? É assim que informação importante é deixada de fora dos livros. Eu penso que isso é muito importante.

Veja o que foi preciso para consertar esta situação: ao invés de dizer que a moça teve um padrão disfuncional de trabalho de parto, eu pensei “hum... o cérvix já estava dilatado antes, como o comportamento dela difere do que era quando havia maior dilatação? Ela estava rindo e contando piada, isso a fez dilatar e depois ela teve medo porque começou a sentir que seria a maior liberação de fezes da vida dela (é assim que a mulher se sente no período expulsivo: como se fosse evacuar uma melancia). E o que fazer? Aliviar o medo e aí ela abre novamente.

Há uma outra situação levemente similar. Assisti a um casal, quando ainda estávamos na caravana, que era brilhante. Sabe o que faziam para aliviar a dor das contrações? Beijavam-se. E isso a fazia sentir bem relaxada, como se pode imaginar. Pensei “que criativo! Como não pensei nisso antes?” E eles pareciam bem, como se não estivessem preocupados com nada, que é exatamente o que se deseja. Dois anos depois, estávamos aqui com uma mulher que já havia tido 2 bebês anteriormente e que estava muito amedrontada. Era uma mulher bem pequena, assim como o marido. Ambos pareciam secos, frágeis, apavorados, com pupilas muito pequenas, aterrorizados. Pensei “este bebê nascerá de qualquer forma, isso não está impedindo o trabalho de parto, mas ela vai lacerar”, porque ela estava rígida de pavor.

Aí lembrei do outro casal e disse (esperei até que ela não estivesse tendo uma contração): “Linda, eu tive uma idéia. Por que você não tenta beijar o Richard durante a próxima contração? Vamos ver o que acontece.” A esta altura, ela provavelmente teria feito qualquer coisa que eu sugerisse, menos entrar no carro e ir ao hospital, porque seria uma viagem bem desconfortável na estrada de terra e ninguém queria isso. Então ela fechou os olhos, colocou os lábios bem juntos, ele fez o mesmo e simplesmente encostaram os lábios um no outro. Pensei “minha nossa, eles não sabem como beijar”. Mas, claro, a regra é não criticar uma mulher em trabalho de parto, porque é a pior coisa que se pode fazer. Então, esperei até acabar a contração, ela abrir os olhos e estar pronta para receber mais informação e sugeri que tentassem de novo, desta vez, “Linda, com a boca aberta”. Não me importava o que Richard faria, só queria que ela abrisse a boca porque já tinha reparado que quando a mulher dá a luz de boca aberta, com a mandíbula relaxada, a probabilidade de laceração no períneo é muito menor e a maioria das mulheres não tinha laceração, então eu nem tinha aprendido a dar pontos ainda.”

Ela fez isso e adivinhe: o bebê estava no períneo, um bebê maior do que os outros que ela já tinha tido e o períneo estava intacto. Vinte e cinco anos depois ela escreveu uma estória para mim e disse que o casamento havia tido problemas, a vida sexual era morna, embora houvesse amor entre eles e ela disse que aquele parto consertou tudo no casamento por causa do beijo. Ela diz que agora recomenda às filhas, que estão tendo bebês “não esqueçam de beijar”. Se estão no hospital, as pessoas vão sentir-se envergonhadas fazendo isso, mas eu digo que é mágico porque se um casal se beija no
hospital, pode até aborrecer algumas enfermeiras, mas o que acontece é que
as chatas vão embora, incapazes de suportar e aparecem as simpáticas. Se o
casal está junto há tempo suficiente para ter um filho, tenho certeza de que
a lei permite o beijo. Pode deixar as pessoas desconfortáveis, mas quem se importa? Se ajuda a parir seu filho e salvar pontos no períneo, pode ser uma coisa muito boa.

Nós não sabíamos muito a respeito de hormônios nos anos 70, exceto pelo fato de conhecermos os processos, sem saber que hormônios estavam envolvidos. Trabalhei empiricamente, em coisas que sabia serem verdadeiras através de experiências pessoais e pelo que podia observar.

Sabia, depois de ter amamentado meu primeiro bebê, que havia relação entre estímulo no mamilo e contração uterina. Sabia disso e não precisava saber que havia ocitocina sendo produzida. Agora se sabe que a glândula pituitária produz ocitocina, numa forma melhor e mais segura do que aquela que vem do vidrinho, que não é derivada de humanos. Seria muito difícil estimular a produção excessiva de ocitocina, porque para fazer isso, haveria dor. Você não estimularia o mamilo a ponto de produzir tanta ocitocina e levar a uma ruptura uterina, o que pode ocorrer quando ela é obtida por injeção ou infusão intravenosa. Por isso é que é necessário regular a dose de ocitocina cuidadosamente e pessoas diferentes têm tolerância diferente. Então, se quisermos estimular um trabalho de parto, podemos usar estimulação dos seios, claro. Sabíamos disso e também que, se quiséssemos a contração do útero após o parto, a melhor coisa é ter o bebê nos braços, perto do seio, estando ele sugando ou não. A simples presença do bebê ao seio estimula a produção de ocitocina. Isso economiza nos custos, é de graça, obtido da fábrica química materna.

O que não sabíamos é que nosso corpo produz opiáceos. Você sabia disso? Endorfinas. Especialistas em medicina esportiva sabem bem disso: se há um atleta machucado que está em campo, está jogando bem e ficando empolgado com isso, é preciso que haja lguém observando cuidadosamente de fora se aquela pessoa não está se machucando sem perceber. Contagiado pela excitação do jogo, é possível sofrer uma contusão sem notar. Aprendemos a usar a endorfina a nosso favor, o que pode ser feito através da risada, expressões de amor, porque ocitocina e endorfinas trabalham bem juntos. Ocitocina e catecolaminas (adrenalina) são antagonistas e é isto que vai “atravancar/atrapalhar” o parto.

Agora chegamos ao que eu chamo de a trava do esfíncter, algo nunca falado por aqui, mas eu te digo que se você viajar ao redor do país num ônibus escolar, você precisa ter seu próprio vaso com você, especialmente se tem filhos pequenos. Imagina se a cada vez que alguém precisa urinar, você vai parar a caravana toda? Acho que não. Então você está fora de casa e diariamente tem que lidar com as excreções do dia. Você acaba ficando mais familiarizado com o processo excretório do que morando numa casa onde há banheiro do lado de dentro. Você não sabe tanto a respeito de fezes comparado com alguém que não foi criado desta mesma maneira. O que então é que possibilitava as mulheres a dar a luz e todas as parteiras serem o tipo de pessoas que permitem tal processo? Porque há pessoas que são tão tensas que um bebê não consegue nascer na presença delas, sabia disso? Há pessoas que, se entrarem no quarto, todas as mulheres em trabalho de parto travarão. Por quê? Porque elas não sentem bem, mas de uma forma tão forte que praticamente nenhuma mulher consegue ficar em trabalho de perto na
presença delas.

Trouxe uma mulher certa vez a um hospital e o médico, que era totalmente contrário ao parto domiciliar, praticamente a estuprou com os dedos, fazendo um toque vaginal e levou-a de 7 cm (eu havia checado) para 4 cm de dilatação porque ele foi tão bruto com ela. Entre estupro e o ato prazeroso de fazer amor, não há diferença no tamanho do órgão envolvido. Não tem nada a ver com tamanho, mas com a ferocidade no ato.

Então, um exame vaginal delicado não parará um trabalho de parto, pode até
encorajar, por outro lado, um exame bruto e ruim, por exemplo, se é uma mulher fazendo o toque, tentando provar que ela não é lésbica, isso seria suficiente. É um momento em que se almeja gentileza.

Pensei em como explicar isso e lembrei “esfíncter”. Sabemos que temos o esfíncter anal e o esfíncter vesical. Por que não chamamos o cérvix de esfíncter? Ele age como um. O que é um esfíncter? Uma abertura de um órgão que tem capacidade de contração e de encher-se com alguma coisa e aí ele se contrai e aquele esfíncter que se mantém fechado sem se exaurir, porque é parte do sistema muscular involuntário, pode abrir-se e obliterar-se, o que está no órgão sai e depois ele se fecha novamente. Por que não chamamos o cérvix de esfíncter? Não sei o porquê, mas é um músculo circular, que não obedece a mais comandos que a bexiga ou o reto. Você não pode dizer a alguém “quero que você evacue exatamente às 09:00 e, se não conseguir, estará em maus lençóis.” Isso ajuda? Acho que não! Freud reclamou disso, ele achava que as crianças estavam com problemas se não evacuassem precisamente na hora certa. Mas eu digo que, se ele tomasse conta daquelas crianças todos os dias, elas teriam-no ensinado uma coisa e ele relaxaria, se tivesse tomado conta dos próprios filhos. Porque o que as crianças normalmente fazem aos 2 anos (qualquer pessoa que já teve filhos pode me corrigir): elas ficam quietinhas num canto, com as costas viradas para você e aí sim é a hora de sentá-los no penico e fazer disso uma experiência prazerosa para elas. Se elas não se divertem lá, aqueleesfíncter ficará mais “tímido”. Esfíncteres são tímidos, isso é importante. E eles não obedecem a ordens. Se seu dono está assustado, humilhado, eles travam-se, rapidamente.

Tenho que agradecer ao meu marido por me dizer coisas que eu não saberia se não fosse por ele. Segundo ele, se há um bando de homens num banheiro público, todos lado a lado de frente para os urinóis, de forma que um possa ver o outro e todos estão urinando, quando de repente alguma coisa chega e os assusta, eles todos param involuntariamente. Não é interessante? Esfíncter travado. Ninguém nunca disse que isso é errado.

Aqui estamos falando de gotas de urina, então não deveríamos nos surpreender quando, no trabalho de parto, a cabeça de um bebê de 9 ou 10 libras pára de descer. Esta é uma forma de proteção da natureza porque a mãe tem todo o seu equipamento sensório bem aguçado na hora do parto. O olfato, a audição, a visão, é tudo mais aguçado que o normal e isso é para que ela saiba onde encontrar um lugar seguro para dar a luz, já que ela estará temporariamente incapacitada de levantar e sair dali, enquanto o bebê estiver saindo pelo canal de parto. É por isso que às vezes ela progride ao ponto de a cabeça do bebê já estar visível e, se há perigo, na maioria das vezes com os mamíferos (já houve tempos em que não tínhamos armas nem paredes à nossa volta nos protegendo dos predadores), há parada de progressão.

Nós podemos repetir para convencer a mente de que o hospital é um lugar seguro, mas pode ser que o animal dentro de você não perceba da mesma maneira. Talvez o cheiro não seja adequado, o som de alguém chorando noquarto ao lado incomode e pronto: isso é suficiente para reverter seu trabalho de parto. E pode acontecer até no caminho, indo para o hospital oucom a primeira picada da agulha no braço. O fato de algumas pessoas tolerarem isso e permanecerem em trabalho de parto não significa que todas consigam. É isso que chamo de trava do esfíncter. Basicamente, se você não consegue evacuar com um bando de gente olhando, pode ser difícil ter um filho neste tipo de ambiente. Então, superamos isso em hospitais com peridurais e infusões de ocitocina, né? Mas isso não significa que seu corpo está relaxado e aceitando tudo como se estivesse numa situação em que a mãe se sente segura, como no seu próprio quarto, em casa.”

Transcrito e traduzido por Flávia Mandic

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