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Sobre nós

A entrevista a seguir foi feita pela Tat Vegi, do Site Sintaliga, um diretório de blogs femininos muito bacana, o qual fomos indicadas por ser o blog mais comentado do Concurso "Comente esses blogs" nesse mês de março.

O tema é "Mulheres com "M" maiusculo do mês de março"

É um pouco de nossa história e dos nossos ideais como "maternas".

Esperamos que gostem!

1. Em primeiro lugar como vocês se sentiram ao saberem que o Blog de vocês foi o Blog mais comentado do Concurso Comente estes Blogs da Sintaliga?
Rosana: Ficamos muito felizes, afinal pelos comentários que recebemos diariamente no blog e também na Sintaliga, percebemos que estamos alcançando nosso objetivo principal que é esclarecer muitos assuntos ligados a Humanização e a maternidade às Mães.

2. Vamos começar pelo começo. De onde surgiu a idéia de criar o Blog Materna Japão? Quando o Materna Japão entrou no ar? E de onde surgiu o nome?
Rosana: Durante a preparação para me mudar para o Japão, já fazia planos de montar um blog para divulgar a humanização, porque sabia que não havia nenhum movimento de humanização em português aqui.
Cheguei ao Japão em Março de 2008, tive minha bebê n.4 em Abril e depois dos primeiros meses dela resolvi por a idéia em prática. Isso foi no início de Setembro de 2008.
Convidei a Thais (que ainda morava no Brasil) e a Franciely (que já morava no Japão há muitos anos) para me ajudarem, e elas toparam.
Recentemente, por questões pessoais, a Fran deixou de escrever no blog, mas antes disso, contribuiu bastante com o conhecimento sobre o Japão. A Thais, que já tinha morado aqui na adolescência, retornou no final do ano passado com sua família, e agora estamos nós duas, dando continuidade ao trabalho.
O nome do blog veio da lista de discussão Materna SP, da qual fazemos parte há mais de 5 anos. Como tudo o que aprendemos sobre humanização veio de lá, decidi criar uma "filial" e iniciamos o blog e um grupo virtual aqui também.

3. Quais são os temas/assuntos tratados no Blog?
Rosana: O objetivo principal do blog é informar sobre tudo que esteja relacionado à Humanização. O que queremos é levar as mulheres a perceberem que elas têm direitos na hora de parir e devem lutar por eles, mas para conseguir lutar, é preciso se informar o máximo possível antes.
Falamos sobre coisas da maternidade em geral também, do cotidiano e sobre direitos das parturientes no Japão.

4. De onde vocês tiram inspiração?
Thais: A gente precisou "apanhar" para conseguir entender a humanização. E não param de surgir grávidas com as mesmas dúvidas que a gente teve. A gente quer que elas saibam o que é direito delas e o que é dever. E ver que a gente ajudou a plantar uma sementinha de humanização do nascimento é uma grande inspiração. Cada bebê que nasce de forma natural, respeitada, cada mulher que pode parir como mulher, fêmea, tudo isso é inspiração. Mas, para mim, a maior inspiração é o futuro da obstetrícia, porque eu quero muito que os meus netos nasçam bem. Que minha filha saiba que parir é fisiológico, que ela saiba que pode gritar, se descabelar, gemer. Que ela pode pedir ajuda. Que ela pode seguir os instintos dela. Ela é, sem dúvida, minha maior inspiração.

Rosana: Estou com a Thais, a preocupação com o futuro de nossos filhos é a maior inspiração.

5. Quantos filhos vocês têm? Como a experiência da maternidade as ajuda com o conteúdo disponibilizado no Blog?
Thais: Tenho 3 filhos: a Melissa (5 anos), o João (4 anos) e o Zé (1 ano e meio). Ter passado pela gravidez, parto, puerpério e estar na primeira infância das crianças, com certeza ajuda. É um blog de mães para mães. Se eu não tivesse filhos, não teria procurado saber nada do que está escrito no blog.

Rosana: Tenho 4 filhos: Sarah (6 anos), Rafael (5 anos), Gabriel (2 anos e meio) e Ana (10 meses). Para mim, o fato de ter passado por cesáreas desnecessárias e depois ter tido a capacidade de parir foi o ponta pé inicial. A preocupação com o desrespeito e mentiras que os médicos inventam para fazer cesáreas ou fazer partos normais "desumanos" é o que mais me inspira a escrever, por tudo o que já passei na própria pele.

6. Quais são os planos para o Materna Japão em 2009?
Thais: Minha única meta para 2009 no Materna Japão é informar quanto mais mães for possível. Mesmo que elas achem radical, chato, desde que tenha colocado uma pulguinha atrás da orelha delas, está bom.

Rosana: Quero divulgar cada dia mais o blog. (e essa entrevista já nos está ajudando bastante, obrigada! *risos).
Vamos também abrir um dia da semana para que as leitoras postem sobre algo de sua vivência materna que possa ajudar outras mães.
Ainda quero também melhorar nosso layout esse ano, para tornar o carregamento da página mais rápido.

7.Qual Dica mais preciosa vocês dariam para aquelas Sintaligadas que querem ser ou que já são Mães?
Thais: Provavelmente seria para pensarem antes de fazerem cada coisa, porque tudo o que a gente faz ou deixa de fazer hoje, vai ficar para os nossos filhos. E eles é que vão ter que arrumar a nossa bagunça...

Rosana: Ou continuar o bom trabalho que já estamos fazendo, só depende de nós!
Minha principal dica é que busquem caminhos coerentes com aquilo que elas acreditam de verdade, porque existem milhões de caminhos a escolher, mas a escolha deve ser consciente, não porque um mandou, outro falou ou disse que é melhor. Cada uma FAÇA SUAS ESCOLHAS de verdade!

8. Qual Dica vocês dariam para aquelas Sintaligadas que querem criar um Blog?
Thais: Blogar é divertido, tem que fazer, mesmo! No começo, são poucos leitores, mas se a gente mantém o ritmo de postagem, pessoas parecidas vão aparecer, vão ler. É um ótimo meio para conhecer gente legal, se informar, desabafar. Só não colocar muitos aplicativos, porque demora pra carregar e eu já deixei de ler vários blogs várias vezes porque demoraaaava...

Rosana: Criem parcerias bacanas, com diferentes tipos de pessoas, mas com objetivos comuns. Acho que se não fosse a parceria que criei com a Thais e as meninas do grupo virtual, com a troca diária, o blog não passaria do primeiro mês...

9. O que vocês esperam dos leitores do Materna Japão?
Thais: Eu queria que participassem, contando suas experiências, discordando, sugerindo assuntos, dando dicas. É um blog para grávidas e mães brasileiras que estão no Japão, mas é um blog que também fala de maternidade em geral, que serve para o mundo todo, até para quem não tem filhos. E esse universo da maternidade é muito vasto, tem muitos pontos de vista, muitos modos de lidar com cada coisa. Não tem certo e errado. Eu queria que as pessoas usassem o espaço dos comentários para falarem, mesmo.

Rosana: Estou com a Thais, comentem, sugiram, critiquem! Nós vamos adorar! risos...

10. Vocês gostariam de dizer alguma coisa que não foi perguntada? Sintam-se à vontade.
Thais: O mundo de hoje está super automático. A gente faz quase tudo sem pensar, sem sentir. E isso inclui tudo o que envolve a maternidade. Eu quero pedir para todas as mães para que saiam do automático. Pensem, reflitam, discutam, questionem. Você quer que tipo de parto? Sabe os prós e contras? Todos? O pediatra mandou dar papinha, mas é realmente necessário? E vitamina? E vacina? E chupeta? Seu bebê vai usar fraldas, mas você sabe o que uma fralda descartável vai causar no planeta? E no bumbum do seu filho? Tudo, tudo, absolutamente tudo que a maternidade tem é questionável e cada um só pode responder qual a melhor alternativa por si. O obstetra, o pediatra, o dentista, todos são ajuda, mas saibam que quem decide, somos nós, as mães. E a gente precisa tomar as rédeas, porque o que é bom para um todo, pode não ser o melhor para o seu filho.

Rosana: Sigam o instinto materno, que todas nós temos, desde sempre. Ouçam a voz do coração. Na maternidade a gente erra muito, não tem jeito, mas acerta mais quando age seguindo nosso instinto de fêmea.
Deixo um beijo a todas e obrigada por nos ajudarem a ser o blog mais comentado!
Obrigada Tat Vegi, pela entrevista!

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