Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011

Tudo o que me importa de verdade está entre essas quatro paredes

Sim, têm dias que quero meu quarto de volta, apenas para mim e para o Emerson. Quero uma cama de verdade, alta, com uma colcha bonita, criado mudo, abajur e todo o resto. Quero um colchão que esteja mais em dia que o nosso, que está mofando pelo contato direto com o chão e não exala mal cheiro, mas já foi vomitado e presenteado com inúuuumeros xixis e cocôs vazados das fraldas. Têm dias que queria não dormir com duas crianças que se mexem mais do que ponteiros de relógio. Mãos e pés que voam em nós no meio da noite. Têm dias que quero não ter que sair do quarto para transar. Mas têm muitos outros dias (como hoje) em que olho ao redor e me sinto TÃO BEM. João, com 4 anos, dormindo abraçadinho em concha com o Emerson e Helena com 1a2m, de bruços, com o bundão de fralda virado para a lua, ao alcance do meu peito para mamar quando quiser e sem que eu nem precise acordar. Se alguém se descobrir no meio da noite é só esticar a mão e cobrir. Se ouvir um zumbido de pernilongo, acendo

Intervenções no Recém-nascido

Já falei aqui sobre as intervenções que a maioria das mulheres sofre no parto sem real necessidade e hoje vou falar das intervenções totalmente desnecessárias pelas quais passam os bebês recém-nascidos. É um dos principais motivos pelo qual eu não quero ter parto no hospital, porque para fugir do protocolo de intervenções do RN, muitas vezes é mais complicado do que fugir das intervenções do parto em si. Quando a mulher tem um parto tranquilo, é bem informada e amparada pela equipe médica e tem boa saúde, as chances do bebê precisar de alguma intervenção são quase zero, mas mesmo assim, todos os bebês passam pelas intervenções só porque são rotina do hospital e pronto (e claro porque o hospital ganha com isso...) Vamos a lista (de horrores!!!): Manobra de Kristeller -  É aquela manobra em que um enfermeiro ou anestesista (geralmente é o maior da equipe) sobe em cima da mãe e empurra o bebê por cima da barriga dela. Já está proibido em alguns países. Essa manobra é usado por f

Dicas de amamentação

Já que recentemente soube de várias mamães que deram a luz a seus bebês e estão tendo dificuldades com amamentação resolvi falar um pouquinho do assunto, e passar algumas dicas. Vamos lá? Qual o principal ingrediente para o sucesso da amamentação? Primeiro de tudo, amamentação é vontade e persistência. É preciso acreditar que você é capaz de alimentar seu filho sem precisar de chupetas, complemento, bicos artificiais, chazinhos e etc. Tudo o que não seja o seio materno, no inicio da relação de amamentação, tem potencial chance de atrapalhar o sucesso do processo, por isso é bom evitar. Amamentar não é facil, e muitas vezes dolorido e cansativo, é preciso estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana e a gente pensa que não tem mais vida própria com um pequeno ser que suga literalmente toda nossa energia, mas muito antes do que você imagina, esse pequeno ser estará pedindo para você "dar um tempo" para ele, então procure curtir até o momento e pensar que ele vai

Antissépticos de casa.

Quem não se lembra daquelas propagandas de antigamente, onde a criança se machucava, a mãe vinha com um potinho de antisséptico e passava? E quem não se machucou e teve que aguentar a dor horrível daquele troço entrando e queimando o machucado por dentro? huahau. Eu tive. Faz um tempo que, quando alguém se machuca, a gente usa ou a tintura mãe de calêndula ou o óleo de tea tree. No começo, deixava uma soluçãozinha pronta com água fervida e calêndua/óleo. Não arde (dói um pouco, porque a gente mexe no machucado, mas nada absurdo), é natural de verdade e super eficiente. Claro que não vale passar em todo e qualquer machucadinho, OK? A maioria se cura só com uma lavadinha rápida. Quando o machucado é maior, ou está com uma cara estranha, aí vale usar um antisséptico. Agora, simplifiquei minha vida e faço assim: quando machuca, molho o paninho/algodão/gaze em água e pingo uma gotinha ou da tintura mãe de calêndula ou do óleo de tea tree e e passo. Se precisar cobrir, cubro com gaze, mas é

Para relaxar no Trabalho de Parto

Lendo e relendo relatos, relembrando meus partos, assistindo videos de nascimentos humanizados, eu me lembrei dos mantras que usei durante meus TP's e alguns que li e que achei muito interessante para serem repassados as mães que vão ter um parto pela primeira vez. Para quem não sabe, a boca e o canal de parto (vagina) tem uma ligação direta. Abrir a boca, cantar, entoar mantras, beijar e tudo mais que tiver ligação com a emissão de sons ajuda com o relaxamento do corpo e facilita a dilatação e o parto em si. O parto é dividido em fases: Fase inicial, fase ativa, fase de transição e expulsivo. Em cada uma delas, um determinado comportamento ajuda o processo ser mais fácil, e faz com que a dilatação ocorra mais facilmente. Com o uso da respiração correta, posições confortáveis, massagens de compressão, água quente (banheira ou chuveiro), movimentação do quadril, bolsa de água quente na lombar, exercícios de relaxamento, geralmente o processo flui bem e tranquilamente. Qua

Um tempo para cada coisa.

Quando eu lia/conversava sobre maternidade, durante a gravidez da minha primeira filha, sempre era a mesma coisa: - Arruma um tempo pra você se cuidar, se divertir. E eu pensava "que óbvio!". Bom, acontece que ela nasceu. Linda, pequena, fofinha, tão apaixonante...... E eu fiquei doida! Não queria fazer nada sem ela. Dispensei todo mundo que se dispôs a ajudar (nem todo mundo com muita boa vontade, mas ainda assim) e decidi: eu vou fazer. No começo, foi tudo lindo. Eu ficava com ela o tempo todo. Comia conversando com ela, tomava banho com ela me olhando, escovava o dente com ela no colo. Cansava, mas eu me sentia bem, feliz, independente, recompensada e mãe. Não me cansava de ficar com ela e pronto. Quando eu engravidei do segundo, ninguém nem se dispôs a ajudar, porque, afinal, eu daria conta sozinha. E eu tinha a mesma certeza. Dei conta, mas fiquei muito chata. Perdi a paciência, tentei fazer criança dormir no berço sozinha, fiz de tudo quanto era coisa. Adorava brincar c

Palestra e Simpósio sobre ¨Ijime¨, Abandono Escolar e os Direitos das Crianças, em Kiryu

¨Ijime¨, Abandono Escolar e os Direitos das Crianças: A necessidade de valorizar a diversidade 6 de Fevereiro, domingo, das 13:00 ~ 16:00 horas Palestra e Simpósio no Fukushi Hoken Kaikan, em Kiryu Convidad a  Especial: Psicóloga Ryoko Uchida A Sra. Uchida é conhecida por seu programa na rádio NHK "Kodomo no Kokoro no Soudanin", é funcionária      de um Centro de Saúde Pública em Tóquio, como também atende em um consultório particular junto a seus filhos. Palestras-13:00~14:00, Simpósio-14:00~16:00 Facilitador:  Presidente da NPO ¨Pass no Kai¨ - Minoru Yamaguchi Palestrantes l    Yasushi Akuzawa-  “Minha experiência como um pai” l    Erica Muramoto, professora responsável pelos alunos estrangeiros de Tamamura-Machi, Gunma -  “Discriminação nas escolas japonesas” l    Cheiron McMahill, diretora da International Community School em Isesaki -  “Lutando por uma educação multicultural alternativa” l    Ryoko Uchida 音声を聞く ,  Crianças que sofreram discriminação. 発音を表示 辞書  

Porque NÃO induzir o parto?

Final de gravidez, a ansiedade bate forte, o cansaço toma conta e tudo o que a gente quer é se ver livre do peso da barriga, dos palpiteiros de plantão que ficam falando o tempo todo "como você engordou", "como sua barriga tá baixa", "para quando é o bebe?" "não tá passando da hora", "vai ser normal?" "é melhor cesarea para não passar da hora né?" "é melhor cesarea para não passar por todo aquele sofrimento né?" e bla, bla, bla... Eu sinceramente, me canso mais com os palpites e histórias "sem noção" do que com o cansaço físico em si. As pessoas poderiam ter um pouquinho de consciência e ao invés de falar tanta besteira oferecerem suporte a mulher grávida, convidar para um chá e um bom bate-papo, assistir um filme, falar besteiras (que nós mulheres adoramos...rsss), fazer umas caminhadas ou uma boa massagem relaxante, tudo isso ajudaria tanto e seria tão agradável não? Bom, o fato é que a gente tem qu

Crianças e Consumo

Quem nunca saiu por aí com os filhos (ou com sobrinhos, amigos dos filhos, filhos dos amigos...) e recebeu pedidos, súplicas e choros por causa de um brinquedo, um doce, uma revistinha......? E quem nunca presenciou uma criança choramingando ou dando um showzinho porque queria alguma coisa? É muito comum, hoje em dia, ver crianças querendo tudo e pais comprando. "Só um brinquedinho/docinho". Hoje em dia, difícil é não comprar. Com crianças pequenas, a situação é complicada, porque eles não entendem. Eles não entendem porque pode-se comprar alface e não um pacote de M&M's. Ou a gente não faz compras com eles, ou aceita que vai ter choro. Com o tempo, muita paciência e muita conversa, a gente vai fazendo os pequenos entenderem que a gente só compra o "necessário". Fazer uma lista e comprar só o que está nela, mostrando para eles, é uma boa alternativa. Leva tempo, mas eles passam a entender. Já com os maiores, há uma série de coisas que se possa fazer, desde c