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EUA ampliam indicações para parto normal

Abaixo uma matéria que saiu na folha de S.Paulo, agora me digam porque no Japão as coisas não podem mudar hã?

É preciso as vezes bater o pé, confiar no nosso corpo também e não só acreditar no que no médico diz.

Evidências são evidências, aceita cesariana desnecessária quem não tem coragem de assumir responsabilidade e quer deixar tudo na mão do médico, na minha opinião.

A Associação Americana de Ginecologia e Obstetrícia publicou nesta semana novas orientações para ampliar a prática do parto normal.
Para os autores, as mães podem ter seus filhos naturalmente mesmo que já tenham se submetido a até duas cesarianas. A recomendação anterior dizia que, após uma cesárea, os partos seguintes deveriam ser realizados da mesma forma.

Grávidas de gêmeos com cesárea anterior também podem dar à luz por via vaginal, segundo o texto, desde que os bebês estejam em posição favorável. Isso é pouco praticado nos EUA e no Brasil.

Com as recomendações oficiais, especialistas americanos pretendem reduzir o número de cesáreas realizadas no país, que chega a um terço dos partos.

Médicos evitam tentar parto normal após cesáreas por causa do receio de um rompimento do útero durante o trabalho de parto. Mas o risco de complicações é menor do que 1%, segundo o artigo da associação, publicado na edição de agosto da "Obstetrics and Gynecology".

Já as cesáreas repetidas podem causar problemas mais sérios. Os países que tiveram aumento muito grande no número de partos cirúrgicos, caso dos EUA e do Brasil, apresentam mais complicações como implantação baixa da placenta, em uma região mais fina do útero, que pode causar hemorragias na hora do parto.

No Brasil, a tentativa de parto normal é permitida quando a mulher passou por apenas uma cesariana. No caso de duas ou mais cicatrizes no útero (causadas por cesárea ou outra operação), indica-se uma nova cirurgia.

"Essa é a recomendação oficial do Ministério da Saúde e da federação. Mas a grande maioria das mães que tiveram o primeiro parto por cesárea terá o segundo da mesma forma", diz José Guilherme Cecatti, vice-presidente da comissão nacional de assistência ao parto e puerpério da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Segundo Cecatti, somente hospitais públicos e universitários seguem essa orientação. "Em instituições particulares e conveniadas, o índice é zero."

Por aqui, não é recomendada a tentativa de parto normal após duas cesáreas por problemas de estrutura no sistema de saúde. "Nem todas as mulheres podem ter um acompanhamento detalhado na hora do parto."

Em 2008, 84,5% dos partos cobertos por planos de saúde foram cesarianos no Brasil. No SUS, as taxas chegaram a 31%. A Organização Mundial da Saúde considera aceitável uma taxa de até 15% de cesáreas em um país.

Na maioria dos casos, o parto cirúrgico foi realizado sem necessidade, por comodidade da mãe, que teme um parto doloroso, e do médico.

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